Deraldo José da Silva, imigrante nordestino recém-chegado a São Paulo, não possui documentos que atestem sua identidade e, para completar, se parece muito com um operário-assassino fugitivo da polícia... Este é o ponto de partida para um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos, o genial "O Homem que Virou Suco" (João Batista de Andrade - 1980). O que faz o filme sobreviver a suas qualidades técnicas inferiores é a escolha feita pelos escritores do roteiro de não fazer do protagonista uma vítima, mas um homem que se recusa a reconhecer a derrota ou aceitar docilmente o papel inferior reservado a ele e a seus pares na sociedade paulistana. É uma obra essencial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário