terça-feira, 22 de dezembro de 2015

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Cristophe Simon

Mural é visto em um muro que separa uma favela na margem do Rio Negro, em Manaus. Foto: Christophe Simon / AFP

Canção do Louco - José Lannes – Vana, 1920



                                         
Meu cérebro é um moinho tenebroso
um moinho que gira sem cessar.
Um vento mudo e misterioso
fá-lo girar.

É velho e pardo, abandonado e feio
como bem poucos.
Já m’o disseram e eu também o creio:
- É o moinho dos loucos.

E a roda gira! De girar não cessa!
Os grânulos de ideia vão tombando...
E a mó de pedra sempre mais depressa
pulverizando.

Estranho moinho, o teu destino é triste!
Teu tormento indizível é sem fim.
Ah! na verdade em parte alguma existe
um outro moinho assim!

Moinho ambulante, de onde vem o vento,
teu algoz invisível e maldito?
... E a mó sempre a moer o pensamento.
- Trigo infinito!

Mas este mundo é muito curioso:
- Que quer dizer toda essa gente infinda
de boca aberta, a me fitar?
Homens de juízo, não sabeis ainda?
Meu cérebro é um moinho tenebroso,
um moinho que gira sem cessar...



Osório Cesar – A Expressão Artística nos Alienados, 1929, p.64

ich weiss es nicht...

Anuncio de lançamento de "Guerra nas Estrelas" publicado no dia 30 de janeiro de 1978. Foto: Reproducao ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***

Arquivo Público do Estado de São Paulo

http://ep01.epimg.net/brasil/imagenes/2014/10/27/politica/1414430543_325319_1414432277_sumario_normal.jpg

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Corot


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Verba volant, scripta manent - Die Mäuse sind die erst, um das Schiff zu fliehen

São Paulo, 07 de Dezembro de 2.015.
Senhora Presidente,
"Verba volant, scripta manent" (As palavras voam, os escritos permanecem)
Por isso lhe escrevo. Muito a propósito do intenso noticiário destes últimos dias e de tudo que me chega aos ouvidos das conversas no Palácio.
Esta é uma carta pessoal. É um desabafo que já deveria ter feito há muito tempo.
Desde logo lhe digo que não é preciso alardear publicamente a necessidade da minha lealdade. Tenho-a revelado ao longo destes cinco anos.
Lealdade institucional pautada pelo art. 79 da Constituição Federal. Sei quais são as funções do Vice. À minha natural discrição conectei aquela derivada daquele dispositivo constitucional.
Entretanto, sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo.
Basta ressaltar que na última convenção apenas 59,9% votaram pela aliança. E só o fizeram, ouso registrar, por que era eu o candidato à reeleição à Vice.
Tenho mantido a unidade do PMDB apoiando seu governo usando o prestígio político que tenho advindo da credibilidade e do respeito que granjeei no partido. Isso tudo não gerou confiança em mim, Gera desconfiança e menosprezo do governo.
Vamos aos fatos. Exemplifico alguns deles.
1. Passei os quatro primeiros anos de governo como vice decorativo. A Senhora sabe disso. Perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo. Só era chamado para resolver as votações do PMDB e as crises políticas.
2. Jamais eu ou o PMDB fomos chamados para discutir formulações econômicas ou políticas do país; éramos meros acessórios, secundários, subsidiários.
3. A senhora, no segundo mandato, à última hora, não renovou o Ministério da Aviação Civil onde o Moreira Franco fez belíssimo trabalho elogiado durante a Copa do Mundo. Sabia que ele era uma indicação minha. Quis, portanto, desvalorizar-me. Cheguei a registrar este fato no dia seguinte, ao telefone.
4. No episódio Eliseu Padilha, mais recente, ele deixou o Ministério em razão de muitas "desfeitas", culminando com o que o governo fez a ele, Ministro, retirando sem nenhum aviso prévio, nome com perfil técnico que ele, Ministro da área, indicara para a ANAC. Alardeou-se a) que fora retaliação a mim; b) que ele saiu porque faz parte de uma suposta "conspiração".
5. Quando a senhora fez um apelo para que eu assumisse a coordenação política, no momento em que o governo estava muito desprestigiado, atendi e fizemos, eu e o Padilha, aprovar o ajuste fiscal. Tema difícil porque dizia respeito aos trabalhadores e aos empresários. Não titubeamos. Estava em jogo o país. Quando se aprovou o ajuste, nada mais do que fazíamos tinha sequência no governo. Os acordos assumidos no Parlamento não foram cumpridos. Realizamos mais de 60 reuniões de lideres e bancadas ao longo do tempo solicitando apoio com a nossa credibilidade. Fomos obrigados a deixar aquela coordenação.
6. De qualquer forma, sou Presidente do PMDB e a senhora resolveu ignorar-me chamando o líder Picciani e seu pai para fazer um acordo sem nenhuma comunicação ao seu Vice e Presidente do Partido. Os dois ministros, sabe a senhora, foram nomeados por ele. E a senhora não teve a menor preocupação em eliminar do governo o Deputado Edinho Araújo, deputado de São Paulo e a mim ligado.
7. Democrata que sou, converso, sim, senhora Presidente, com a oposição. Sempre o fiz, pelos 24 anos que passei no Parlamento. Aliás, a primeira medida provisória do ajuste foi aprovada graças aos 8 (oito) votos do DEM, 6 (seis) do PSB e 3 do PV, recordando que foi aprovado por apenas 22 votos. Sou criticado por isso, numa visão equivocada do nosso sistema. E não foi sem razão que em duas oportunidades ressaltei que deveríamos reunificar o país. O Palácio resolveu difundir e criticar.
8. Recordo, ainda, que a senhora, na posse, manteve reunião de duas horas com o Vice Presidente Joe Biden - com quem construí boa amizade - sem convidar-me o que gerou em seus assessores a pergunta: o que é que houve que numa reunião com o Vice Presidente dos Estados Unidos, o do Brasil não se faz presente? Antes, no episódio da "espionagem" americana, quando as conversar começaram a ser retomadas, a senhora mandava o Ministro da Justiça, para conversar com o Vice Presidente dos Estados Unidos. Tudo isso tem significado absoluta falta de confiança;
9. Mais recentemente, conversa nossa (das duas maiores autoridades do país) foi divulgada e de maneira inverídica sem nenhuma conexão com o teor da conversa.
10. Até o programa "Uma Ponte para o Futuro", aplaudido pela sociedade, cujas propostas poderiam ser utilizadas para recuperar a economia e resgatar a confiança foi tido como manobra desleal.
11. PMDB tem ciência de que o governo busca promover a sua divisão, o que já tentou no passado, sem sucesso. A senhora sabe que, como Presidente do PMDB, devo manter cauteloso silencio com o objetivo de procurar o que sempre fiz: a unidade partidária.
Passados estes momentos críticos, tenho certeza de que o País terá tranquilidade para crescer e consolidar as conquistas sociais.
Finalmente, sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB, hoje, e não terá amanhã. Lamento, mas esta é a minha convicção.
Respeitosamente,
\ L TEMER
A Sua Excelência a Senhora
Doutora DILMA ROUSSEFF
DO. Presidente da República do Brasil
Palácio do Planalto

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

You lose!

wtf?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Grisette

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0e/The_Beautiful_Grisette_by_Gilbert_Stuart_Newton_CCWSH1168.jpg 
 
"The beautiful grisette looked sometimes at the gloves, then sideways to the window, then at the gloves, and then at me. I was not disposed to break silence. I followed her example: so, I looked at the gloves, then to the window, then at the gloves, and then at her, and so on alternately. I found I lost considerably in every attack: she had a quick black eye, and shot through two such long and silken eyelashes with such penetration, that she look'd into my very heart and reins. It may seem strange, but I could actually feel she did."
Lawrence Sterne, A Sentimental Journey Through France and Italy

Demokratzia II