Manchete da Folha de hoje: "SP abandona exigência para contratar professor". Depois de prejudicar mais de 40 mil profissinais e milhões de alunos, o governo de São Paulo recua em suas tentativas de impor a lógica de mercado à educação. Vai contratar mesmo os que foram reprovados em suas "avaliações", vai contratar mesmo os que nem fizeram a prova, vai contratar pedagogos para ministrar disciplinas específicas... O motivo: escassez de professores. São poucos os obstinados que insistem em ganhar pouco, sofrer violências dentro e fora das salas de aula. Os que ainda insistem tem que se submeter a esses exames constrangedores que, do ponto de vista técnico, são mais do que questionáveis. Uma avaliação que não avalia nada, que despreza aspectos essenciais de um bom profissional, focando no saber enciclopédico e na capacidade de seguir as modas pedagógicas.
Na cidade de São Paulo, um indivíduo que possua licenciatura em qualquer área pode encontrar em poucos dias um emprego mais bem remunerado que a docência no estado. Muitos licenciados preferem a informalidade ao regime de trabalho oferecido pelas escolas estaduais...
Esse governo não mostra nada exceto uma sucessão de trapalhadas e medidas contraditórias, irracionais e maldosas. E ainda quer chegar ao controle do país. Estamos quase no meio de 2010 e a pasta da Educação ainda não conseguiu resolver o problema básico de contratação de professores, por conta de sua própria incompetência. E depois, no final do ano, ainda tem a cara de pau de submeter os alunos a provas para detectar o seu nível de aprendizado, e com base nesses resultados pune as escolas. Alunos e escolas que estão sendo prejudicados pelas próprias medidas do governo. O sistema de ensino público do estado de São Paulo funcionaria melhor se esses escalões burocráticos fossem extintos...
Nenhum comentário:
Postar um comentário