Relatório de um agente policial a serviço do Estado prussiano que frequentou a casa de Karl Marx em Londres, em 1853:
“Marx é de estatura mediana, tem 34 anos e seus cabelos já estão grisalhos. Seus ombros são largos. Usa barba. Seus grandes olhos penetrantes e vivos tam qualquer coisa de demoníaco: sente-se que se trata de um homem cheio de gênio e energia. Sua superioridade intelectual fascina irresistivelmente os que o cercam. É um homem de vida extremamente desorganizada; não tem hora para levantar-se nem para deitar-se. Frequentemente passa as noites em claro; depois, ao meio dia, deita-se sobre um sofá e dorme até anoitecer, sem se preocupar com as pessoas que estão sempre entrando em sua casa. Sua esposa, irmã do ministro da Prússia, é uma mulher culta e simpática, que se acostumou à miséria e à essa vida boêmia; tem duas filhas e um filho, um menino muito bonito. Quando as pessoas entram na casa de Marx, são envolvidos por uma nuvem de fumaça e são obrigadas a caminhar cautelosamente, como se entrassem em uma caverna. Nada disso constrange Marx ou sua mulher, que recebem os visitantes com amabilidade, trazendo-lhes fumo e alguma coisa para beber. Uma conversa inteligente e agradável acaba, então, por compensar as deficiências da casa, tornando suportável a sua falta de conforto. Esse é o quadro fiel da vida familiar do chefe comunista Marx.”
“Marx é de estatura mediana, tem 34 anos e seus cabelos já estão grisalhos. Seus ombros são largos. Usa barba. Seus grandes olhos penetrantes e vivos tam qualquer coisa de demoníaco: sente-se que se trata de um homem cheio de gênio e energia. Sua superioridade intelectual fascina irresistivelmente os que o cercam. É um homem de vida extremamente desorganizada; não tem hora para levantar-se nem para deitar-se. Frequentemente passa as noites em claro; depois, ao meio dia, deita-se sobre um sofá e dorme até anoitecer, sem se preocupar com as pessoas que estão sempre entrando em sua casa. Sua esposa, irmã do ministro da Prússia, é uma mulher culta e simpática, que se acostumou à miséria e à essa vida boêmia; tem duas filhas e um filho, um menino muito bonito. Quando as pessoas entram na casa de Marx, são envolvidos por uma nuvem de fumaça e são obrigadas a caminhar cautelosamente, como se entrassem em uma caverna. Nada disso constrange Marx ou sua mulher, que recebem os visitantes com amabilidade, trazendo-lhes fumo e alguma coisa para beber. Uma conversa inteligente e agradável acaba, então, por compensar as deficiências da casa, tornando suportável a sua falta de conforto. Esse é o quadro fiel da vida familiar do chefe comunista Marx.”
Fontes:
KONDER, Leandro. Marx - Vida e Obra. Rio de Janeiro: José Álvaro Editor, 1968. (texto)
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