[...] o tráfego para
o engarrafamento parece maior do que
nunca, então o sinal muda para o
verde e começamos a nos mover tão
lentamente e
percebo que todos os sinais
para pegar a faixa da esquerda piscam
à minha frente.
estou na pista de
fora e os carros à frente
movem-se em direção à pista
interna.
sigo forçando meu
motor
na frente de
outro motorista que abre caminho
centímetro a centímetro
com um ódio
firme.
então percebo a causa de nosso
descontentamento, bloqueando a
pista mais externa: um pano branco cobrindo
um corpo e
fato curiosíssimo - o sangue ensopando depressa
aquela
brancura.
o tráfego se acelera, escuto as sirenes
já longe.
[substituir "pano branco" por "material sintético parecido com o papel alumínio usado para embalar frangos e outras coisas antes de ir ao forno"]
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