Em função das más condições de trabalho que enfrentamos cotidianamente, sem contar a baixa remuneração, decidi aderir a essa greve. Estou parado desde o dia 8 de março. Pessoalmente, é angustiante tomar essa decisão, quando se pensa em todas as consequências que ela pode trazer...
É impressionante constatar o boicote da mídia ao movimento. Os dois maiores jornais do estado de SP ignoraram a greve nos primeiros dias, e quando ficou impossível manter esse posicionamento, estamparam editais desmerecendo-o. Além disso, estão divulgando os números oficiais, que nem de longe representam a realidade. Aqui na capital as escolas estão paradas ou funcionando de maneira parcial, mas na mídia isso não aparece...
É triste também perceber que para muitos, inclusive colegas que sofrem com os mesmos problemas estruturais graves, a greve é vista como baderna, coisa de malandro... Se não for por esta via, de que forma lutaremos?
Devemos ignorar todos esses mecanismos maquiavelicamente criados pelo estado para esvaziar movimentos de greve, como o bônus e a política de promoção por mérito. Devemos abrir mão de benefícios pessoais imediatos e priviliegiar melhorias coletivas. A situação de caos na educação, que é uma realidade mundial, só vai mudar se fizermos algo. Aderir à greve é um bom começo...
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