Bem
diferente dos quartinhos de pensão... Alegre, espaçoso. Pelas duas janelas
escancaradas entrava a serenidade rica dos jardins. O olhar torcendo para a
esquerda seguia a disciplinada carreira das árvores na avenida. Em
Higienópolis os bondes passam com bulha quase grave soberbosa, macaqueando o
bem estar dos autos particulares. É o mimetismo arisco
e irônico das coisas ditas inanimadas. São bondes que nem badalam. Procedem
como o rico-de-repente que no chá da senhora Tal, família campineira de sangue,
adquire na epiderme do fraque a macieza dos tradicionais e cruza as mãos nas
costas — que importância! — pra que a gente não repare na grossura dos dedos,
no quadrado das unhas chatas. Neto de Borbas
me
secunda
desdenhoso que badalo e mãos ásperas nem por isso deixam de existir, ora! o
badalo pode não tocar e mãos se enluvam.
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