segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Atividade - aula inicial

Para as primeiras aulas, esta atividade pode servir como ferramenta de detecção e sondagem.



Os tempos do tempo

Quanto tempo dura o dia e a noite? O que demora mais para passar: cinco minutos na praia ou cinco minutos na cadeira do dentista? Em que horário você tem fome? Qual é a data mais importante na sua vida? Essas perguntas se referem a tempo diferentes: o tempo astronômico, o psicológico, o biológico e o histórico. E cada um deles é percebido de uma determinada maneira. Marcar o tempo, dividi-lo em horas, dias meses, anos etc. é uma criação humana. Em outras palavras, a contagem do tempo é uma convenção.
A primeira forma de marcar o tempo, talvez usada pelos caçadores da Pré-História, teve como referência a sucessão do dia e da noite. Depois, a observação das mudanças do aspecto da Lua em suas quatro fases levou à criação do calendário lunar, ainda hoje utilizado por vários povos. Mas o calendário lunar não marca as estações climáticas – informação importante para o desenvolvimento de muitas atividades. Os agricultores, por exemplo, precisam saber qual a melhor época para preparar a terra e plantar, qual o período das chuvas, qual o momento de armazenar alimentos para enfrentar o inverno.
Há uns 6 mil anos, os egípcios, um povo agricultor que vivia às margens do rio Nilo, no norte da África, observaram uma coincidência: a época de cheia do rio ocorria com o aparecimento da estrela Sirius. Contando os dias transcorridos até a repetição cíclica desse fato, fixaram o ano em 365 dias. Dividiram o ano em doze meses de trinta dias ao quais adicionaram cinco dias suplementares. O calendário egípcio é o calendário solar mais antigo que se conhece.
Para contar as horas, inventou-se o relógio solar. A passagem do tempo era marcada por um obelisco fincado num lugar amplo. A direção e o comprimento da sombra projetada por esse “ponteiro de pedra” mudavam ao longo do dia de acordo com altura do Sol, indicando a hora. O problema do relógio solar era os dias nublados e a impossibilidade de medir o tempo à noite, o que mais tarde, foi contornado com outras invenções, como o relógio de água (a clepsidra) e o de areia (a ampulheta).

RODRIGUE, Joelza Ester. História em documento. Imagem e Texto. FTD: São Paulo, 2002.

1) Os antigos romanos levaram do Egito para Roma um obelisco de pedra do século VII a.C, Era usado como gnômon (ponteiro) de um grande relógio solar, indicando a passagem das horas ao longo do dia. Como funcionava? Qual a sua desvantagem?
2) A clepsidra utilizada pelos egípcios no século III a. C, marca o tempo pela passagem da água de um recipiente a outro, sendo que uma engrenagem movimenta os ponteiros do relógio. Que vantagem ela tinha em relação ao relógio solar?
3) Os gregos antigos contavam que Cronos, um dos titãs que habitavam a Terra no início dos tempos, tomou o lugar do pai e proclamou-se o senhor do Céu. Mas seu pai e sua mãe o alertaram de que seus filhos o destronaria. Para evitar que o destino se cumprisse, Cronos tratou de se livrar dos filhos que teve, devorando-os à medida que iam nascendo. Cronos, em grego, quer dizer “tempo”. De acordo com esse mito, que idéia os gregos tinham sobre o tempo? Que palavras derivam do nome Cronos?

Nenhum comentário:

Postar um comentário