segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Sapico

Após 46 anos de atendimento, Sapico Revistas fecha as portas

Amanda Lino



Sexta-Feira - 11/11/2016 - 15h57





Dayse Maria/Folha da Região - 11/11/2016
               
O comerciante João Picolini Neto emocionou-se ao falar à Folha sobre o fechamento do seu negócio


Após 46 anos em funcionamento na praça Rui Barbosa, uma das empresas mais tradicionais de Araçatuba, a Sapico Revistas, fechou as portas definitivamente na tarde de quinta-feira (10). Com lágrimas, o comerciante João Picolini Neto lamentou o fechamento do seu negócio, desencadeado pelo impacto gerado pelos meios de comunicação digital, a recessão econômica atual do País e as dificuldades causadas por conta da idade, de acordo com ele.

Quem passou pelo estabelecimento na quinta-feira se deparou apenas com prateleiras vazias e móveis, revistas e jornais sendo retirados. De acordo com Picolini Neto, a maior parte das revistas foi devolvida para as distribuidoras, pois estava em consignação. Os produtos que sobraram, assim como os demais materiais impressos foram levados por funcionários da Acrepom (Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Materiais Recicláveis de Araçatuba), para reciclagem.

"Começamos a desmontar na quarta-feira e já está acabando agora, mas eu estou com dor no coração. Nesta sexta-feira não tem mais nada. A gente sente muito, porque 46 anos é muito tempo", disse, emocionado.

Em um vídeo divulgado na internet em junho deste ano, gravado pelo jornalista Angelo Cardoso, o comerciante já havia anunciado o fechamento da Sapico. A repercussão do vídeo nas redes sociais foi grande, gerando vários comentários e compartilhamentos. "Como a rede social tem essa abertura agora, resolvi contar um pouco da história do senhor João...", contou Cardoso, na época.

Leia esta notícia na íntegra em nossa edição digital para assinantes


Fotos: Dayse Maria/Folha da Região - 11/11/2016
               
'Estou com dor no coração', lamenta Picolini Neto; Acrepom levou produtos que sobraram da loja


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Dairce Almeida Prado
numa simples banca de jornais e revistas é um ponto de encontro e várias pessoas,lugar onde se aprende a gostar do saber.
Ronaldo Quintiliano ·

Sr joao, com certeza, uma das reservas moral de Araçatuba
Ana Dutra Freire ·
Trabalha na empresa Governo do Estado de São Paulo

Que pena!!! sempre gostava de comprar minhas revistas lá....Lamentável...
Paulo Elias Silva ·
Trabalha na empresa Aposentado

Eu toda segunda feira a tarde nos anos 70 comprava a revista placar, Sr João sempre atendia com alegria
Genesio Vivanco ·

Caro Picolini, receba o meu abraço e minha solidariedade. O tempo inexorável e a crise sofrida conseguiram derrubar o gigante. Além de ter sido um cliente assíduo, e continuar a passar pela revistsaria sempre que em Araçatuba, lembro de nossas conversas de final do dia, no Cantinho do Munir. Saudades. Seja forte e aproveite o ócio que lhe foi imposto e o faça produtivo e prazeiroso. Abs. Genesio Vivanco Solano Sobrinho - Juiz Federal do Trabalho, ex-Presidente da 1ª Junta de Conciliação e Julgamento de Araçatuba (1979-1986).
Gislene Rodrigues ·

Nossa me lembro dessa revistaria, desde quando me conheço por gente.triste
Glória Maria Castro Grosso
Morei 36 anos em Araçatuba e meus filhos nasceram aí e aos finais de semana íamos comprar revistas e as crianças tbém e lá eu ficava papeando com ele enquanto os meus filhos escolhiam as suas revistas pra eles e pro meu esposo.Sinto muito ter fechado pois fez parte da nossa vida.Felicidades e muita saúde Sr.João e nunca esqueceremos do senhor.
Walter Barros
A Nossa Velha Senhora esta cada vez caquética com as lembranças dos amigos que partiram para a eternidade e com o fim de alguns estabelecimentos que um dia foi referência para a nossa sociedade, a Sapico Revistas era nosso ponto de encontro aos domingos para adquirirmos jornais e revistas , bater um papo e sempre com Seu João Picolini sentado ao balcão atendendo aos amigos- fregueses.Conheço a Sapico desde 78 quando vim de São Paulo e sempre adquiri jornais paulistanos na Sapico,Seu João sempre reservava para mim um exemplar do Jornal da Tarde,as terças-feiras a Revista Placar e aos domingos a...Ver mais
Luciano Gueiros ·

O que não fecha nesta cidade!!!
Paulo Elias Silva ·
Trabalha na empresa Aposentado

Por isso me mudei dai kkkk
Curtir · Responder · 12 de novembro de 2016 15:39
Val Alves ·

Ele foi um guerreiro; o mundo on-line e ele na tentativa de vender revista! Como diz brasileiro não desiste nunca! Vai ficar em nossa memória ! É triste! Mais tudo t começo, meio e fim; como um bom livro!
Valter Barbosa ·

Esta é uma notícia que me deixa muito triste,apesar de estar a tanto tempo fora do Brasil,foi aí que eu aprendi a amar os livros e revistas, para onde vaia "seu"João um abraço no seu coração,e que Deus te ajuda,te estimo desde criança atenciosamente"Pelé"
Adolpho Freitas Ávalos
Joãosinho como lhe chamava, isto há mais de 50 anos, tempo da Camisaria do Sr. Alipio,
alí na Osvaldo Cruz.
Acompanho a distância o encerraamento da Sapico Revistas, vai deixar muitas saudades.
Mas o importante que a Sapico, Joãosinho amigo, faz parte da história da nossa "Velha Senhora", como
dizia o saudoso Napo, As suas lágrimas brotadas do fundo do coração, traz a mensagem: "Combatí o
bom combate, agora é hora de descansar". Caro amigo aproveite os momentos da vida com seus que-
ridos familiares. A vida é passageira e curta demais. Por último receba os meus abraços amigos. Seja feliz!
Tiago Martins ·

Nossa mano q triste vei, cheguei aki em araçatuba aos 12 anos,comprei muitas revistas do dragon ball ai, q eu tenho até hj, chatedo hauhau
Thiago Alves ·

Qdo morava em ATA, era cliente assíduo, hábito adquido com meu falecido pai, amigo do sr. João
Eneias Ribeiro ·

Sou di Araçatuba, particularmente conheci a sapico revista , conheci o sapico.filho quando frequentava o bola sete também é triste saber que Araçatuba não mantém suas tradições, sapico revista e parte viva da história de Araçatuba, assim.como o restaurante bola sete na pessoa do sr Amaral devem ser lembrados pelo que fizeram por aracatuba
Grazielle Dourado ·

Que triste, fez parte muito importante da minha infância e da minha vida...que perda para lamentável para Araçatuba. Praticamente a história e patrimônio da cidade eliminado por conta dessa corrupção do Brasil...uma pena!
Fpc Castro
Mais um pedaço da história da Araçatuba morrendo, dando lugar muitas vezes ao que não presta só falta abrir mais um boteco p vender pinga esse é o nosso país uma pena
Peixe Rico ·

na minha infancia fui engraxate e sempre comprava gibi na Sapico e sempre fui muito bem tratado pelo proprietario...saudades hoje sou empresario e dono de Radio em Palmas -to Reginaldo de Oliveira Silva (Tatu) da xv - filho da Finada Dona Iraci e sobrinho de MIro e Miraci
Valter Barbosa ·

Eu também sou deste tempo, e me chamavam de Pelé,e eu engraxava sapatos no hotel Gaspar
Curtir · Responder · 3 · 12 de novembro de 2016 00:55
Douglas Martineli ·

Faltou mais um fator: a falta de interesse em leitura. Somos parte de uma sociedade que lê muuuuito pouco.
Armando Geralde ·

yo de aca de asuncion quedo entristecido cuando voy a aracatuba nunca deje de visitalo
Angelica Marques ·
Trabalha na empresa Na Minha Humilde Residência

tudo bem que era digital tomou conta mas nada mais sadiu vc ler um jornal impresso ler uma revista folhear um produto nas mãos ler um livro isto tudo é mais sadiu que digiital claro digital tem seus nastalgia mas bom sãos as duas coisas mas sempre bom vc sentir cheiro de cada produto isto não tem preço coisa que digital não tem triste isto ................
Paulo Fenelon Santos ·

Pontuação que é bom, nada né, nem vírgula, nem ponto final, pra quê, não é? Rsrs
Curtir · Responder · 5 · 11 de novembro de 2016 19:34
John John ·

Cresci em Araçatuba, morei quando criança no edificio Saito e sempre ia na Sapico comprar revistas e figurinhas. é uma pena que tenha fechado, infelizmente nada é pra sempre.
Vera Perego Fachini ·

Mais uma porta comercial tradicional fechada no centro de Araçatuba. Uma pena!
Lucia Nogueira ·

Nossa muito triste mas Sr. João vai descansar e curtir os netos e pescar fica com Deus..

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Warenhaus

http://universal_lexikon.deacademic.com/pictures/universal_lexikon/I271.jpg

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

domingo, 6 de novembro de 2016

Esse silêncio todo me atordoa

Política

Jornalismo

A cobertura midiática das escolas ocupadas: silêncio e criminalização

por Intervozes — publicado 02/11/2016 00h02
Como em vários momentos da história, a imprensa, quando não invisibiliza a ação dos estudantes, criminaliza as ocupações e quem luta por direitos
Tânia Rêgo/Agência Brasil
 
Ocupações no Colégio Pedro II
Antes escassas, agora as reportagens sobre as ocupações seguem sem dar voz aos estudantes. Na foto, o Colégio Pedro II, ocupado desde o dia 31

Por Marina Pita*
O silêncio pode dizer mais do que mil palavras. A frase – dessas compartilhadas em grupos de WhatsApp pela manhã – significa muito na atual conjuntura do país.
Num contexto de mais de mil escolas ocupadas em todo o Brasil contra a PEC 241 e a Medida Provisória que reforma o Ensino Médio, o silêncio da imprensa sobre a mobilização dos estudantes é mais um capítulo sombrio do processo pelo qual passa o país, exemplar quando falamos de ausência de diversidade e garantia do acesso à informação no Brasil.
Muita gente só tomou conhecimento das ocupações no último final de semana, quando locais de votação no segundo turno das eleições municipais tiveram que ser trocados em função das escolas mobilizadas.
Até ali, as matérias – principalmente na televisão – foram raras. Agora seguem poucas, sem dar voz aos estudantes que ali estão, tampouco aos setores da sociedade que apoiam os protestos contra da PEC e a MP 746/2016.
Um dos maiores jornais do país, a Folha de S.Paulo ignorou a ascensão das ocupações. O tema aparece no impresso em matéria do dia 11 de outubro com o foco apenas no estado do Paraná: ”Estudantes ocupam cem escolas e professores aprovam greve no Paraná”.
Mais de uma semana depois, apenas em 19 de outubro, vem o segundo texto, com viés claramente criminalizador: “Ocupação em 181 escolas pode causar cancelamento de provas do Enem”. No dia 24 de outubro, o tema volta a aparecer por conta da morte de um estudante em Curitiba.
Entre o crescimento de 100 a 800 escolas ocupadas, vigorou o silêncio do jornal sobre o assunto. Nada se falou sobre as ocupações em outros estados.
Na sexta-feira 25, um novo texto intitulado “Protesto em escola ocupada do Paraná tem tensão, apitaço e xingamentos”. O movimento dos estudantes é apresentado como “baderna”.
Considerando a amplitude do movimento “Ocupa Paraná”, a opção da Folha foi cobrir desproporcionalmente uma manifestação contra a ocupação em uma das escolas.
Frases genéricas como “de um lado, pais, alunos e professores que querem a volta às aulas passaram a organizar protestos contrários. Em algumas cidades, chegaram a "ocupar" antes os colégios para evitar a tomada do local pelos manifestantes” demonstram a ausência de rígido critério de apuração.
Afinal, as ações contra as ocupações – apesar da violência que adotam, algo também não apontado pela imprensa – são minoritárias diante do crescimento da mobilização nacional.
A sequência de matérias como “Com escolas ocupadas, Paraná vai ter Força Nacional na eleição”, “Alunos são algemados após serem retirados de escola invadida no TO”, “Tumulto em Escola no Paraná”, “Com escolas ocupadas, até supermercado vira local de votação no Paraná”, “Escolas ocupadas poderão ter o Enem adiado, diz Ministério da Educação” mostra a facilidade como os jovens mobilizados por seus direitos são apresentados como baderneiros,irresponsáveis e que atrapalham a vida dos cidadãos que simplesmente querem estudar.
A tônica da Folha tem sido, assim, colocar em oposição o movimento que defende a educação universal, gratuita e de qualidade e os demais estudantes.
O próprio Ombudsman do jornal classificou a cobertura do jornal de protocolar:
"A Folha noticiou de forma tímida a movimentação. Para dar ideia da extensão, na sexta, segundo entidades estudantis, havia 123 universidades e 1.197 escolas ocupadas no país; cerca de 850 no Paraná”. Ainda, lembrou o silêncio da imprensa local quanto à marcante fala da estudante Ana Julia, que incendiou as redes sociais.
“Na quarta, 16, nenhum grande jornal noticiou a inusual presença de estudantes na tribuna. Na quinta, às 12h53, o site da revista econômica americana ‘Forbes’ captou a importância da fala da jovem. Só às 19h a Folha colocou no ar perfil de Ana Júlia, recuperando o discurso”.
O STF e a criminalização
No jornal carioca O Globo, a cobertura com viés crítico às ocupações também deu a linha. Se primeiro o foco era no “distúrbio” que a mobilização poderia trazer ao Exame Nacional do Ensino Médio (“Com mais de 640 escolas ocupadas governo do Paraná se diz preocupado com eleições e Enem” no dia 18).
Depois, os veículos do Grupo Globo fizeram questão de destacar a fala do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre os eventuais gastos que as ocupações geraram com a mudança dos locais de votação.
A declaração de Gilmar Mendes foi exibida à exaustão ao longo da noite do domingo 30 nos telejornais da GloboNews, chegando a irracionalidade de sugerir à AGU que estude cobrar os estudantes o “custo” das ocupações para as eleições. No site d'O Globo, a chamada era “Ocupação de escolas gerou gastos nas eleições, diz Gilmar Mendes”.
Antes disso, a opção do jornal carioca tinha sido entrevistar com destaque o Secretário estadual de Educação do Paraná e silenciar os estudantes. As aspas escolhidas para o título da matéria não são sobre soluções para o impasse, negociações, mas a simples ameaça: "Wagner Victer: 'Quem diz que não prejudica é leviano' ".
O Jornal Nacional do dia 27 apresentou reportagem sobre a bárbara apreensão de estudantes no Tocantins, que chegaram a ser algemados ilegalmente.
Mostraram o documento do Ministério Público que “justificava” a medida e deram um tempo irrisório para a opinião contrária da Defensoria Pública do estado, que criticou a apreensão dos alunos. A matéria sequer informou aos telespectadores por que aquela escola tinha sido ocupada.
Nesta terça, 1 de novembro, o Bom Dia Brasil preferiu dizer que o cerco da Polícia Militar para pressionar pela saída de estudantes de uma escola ocupada em Taguatinga, no Distrito Federal, atrapalhava a circulação de moradores.

Ocupações escolas no Jornal Hoje
Criminalização: estudantes retratados no Jornal Hoje como quem está praticando atos ilegais

O desequilíbrio no espaço dado – quando dado – aos estudante também caracteriza a cobertura na TV. Apenas a título de exemplo, no mesmo Bom Dia Brasil do dia 26 de outubro, em reportagem de 3 minutos e 40 segundos, apenas 13 segundos foram dedicados aos estudantes para explicarem por que ocupam as escolas.
Um exemplo contrário foi a matéria da Agência Estado, “Mais de mil escolas e universidades estão ocupadas no Brasil”, de 26 de outubro, que ouve não apenas a presidente da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), Camila Lanes, mas cita nota da Associação dos Reitores das Universidades Federais (Andifes) e da Reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais favoráveis ao movimento dos estudantes. Algo raro até agora na imprensa nacional.
O papel da comunicação pública e da internet
Foi na Agência Brasil – com todos os problemas que a EBC sofre depois do desmonte que tem sido implantado na empresa pública pelo governo Temer – que o cidadão pôde se informar minimamente sobre o contexto geral das ocupações Brasil afora.
Reportagens como “Mais de mil escolas do país estão ocupadas em protesto; entenda o movimento”, “Estudantes secundaristas e meio acadêmico debatem ocupação de escolas no Rio” e “Alunos do DF ocupam escolas para serem ouvidos sobre mudanças na educação” fizeram o que se espera da imprensa: jornalismo.
A batalha pela narrativa das ocupações, entretanto, segue travada mesmo na internet, em blogs, sites da imprensa alternativa e nas redes sociais. O discurso de Ana Julia – que ganhou a capa de CartaCapital essa semana – foi ouvido por todos no Youtube, Facebook e nos grupos de WhatsApp.
Ao participar de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado nesta segunda-feira 31, a estudante do Paraná fez questão de negar, veementemente, o papel de passividade atribuído aos estudantes por alguns e replicado por comentaristas e jornalistas da grande mídia. Não há doutrinadores e doutrinados neste jogo. Tampouco revoltados sem causa.
A jovem que fez milhares pararem para ouvir quem está vivendo as ocupações jogou luz a algo que se repete sistematicamente quando o país precisa debater temas centrais para o seu futuro: a dificuldade de entender o que está acontecendo quando se acompanhando o noticiário apenas pela mídia tradicional.
* Marina Pita é jornalista e integra o Conselho Diretor do Intervozes.

Oferta tentador

Da mesa do Sr. Daniel kojo
Gerente de Banco, Gana.

Querido amigo,

Meu nome é Sr. Daniel Kojo um gerente de agência bancária de Ghana. Depois de vários inquéritos oficiais do escritório de comércio exterior das nossas Câmaras de Comércio e Indústria, decidi contactá-lo directamente para um assistência.

Estou interessado em transferir / investir no seu país através de sua assistência. Estou em Gana atualmente e Eu tenho a soma de seis milhões novecentos mil Dólares dos EUA, que gostaria de transferir para o seu conta e investir em seu país, se possível. Eu fiz este dinheiro US $ 6,900,000.00 para fora do meu ramo escritório excesso de lucro para o ano fiscal de 2015 year.I escolhê-lo porque eu não posso ser envolver directamente pois eu ainda estou trabalhando com o banco, eu espero que você pode entender minha situação e me ajudar a receber e investir esse dinheiro corretamente como esta é a minha única esperança. 
 Por favor, queira voltar para mim o mais rápido possível.

Cumprimentos,
Sr. Daniel Kojo.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

"Quem é que liga?"

Sumiço de cinco jovens completa duas semanas e mistério cresce em SP

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Cinco jovens da zona leste da cidade de São Paulo, com idades entre 16 e 30 anos, um deles cadeirante, entraram animados num Santana 1987 com a intenção de participar de uma festa com garotas conhecidas em rede social.
O tempo estimado de viagem naquela noite de sexta era inferior a 30 minutos –partiram do Jardim Rodolfo Pirani e iriam para um sítio de Ribeirão Pires (Grande SP).
Misteriosamente, desapareceram no caminho. Duas semanas depois, esse sumiço intriga policiais, familiares e amigos, que saem às ruas à procura deles e de respostas.

Marlene Bergamo/Folhapress
Amigos saem de cavalo para fazer buscas por jovens desaparecidos em Jardim Rodolfo Pirani, na zona leste de SP
Amigos saem a cavalo para procurar jovens desaparecidos em Jardim Rodolfo Pirani, zona leste de SP
O perfil das meninas com quem os jovens se encontrariam também desapareceu da internet. Não é mais certo nem que haveria a festa e que as garotas de fato existiam.
Entre as últimas mensagens enviadas pelo grupo, segundo familiares, está uma que menciona suposta abordagem policial. "Ei, acabo de tomar um enquadro ali. Os polícia está me esculachando [sic]", disse Jonathan Moreira, 18, um dos desaparecidos, em áudio enviado a amigos.
A polícia ainda não aponta a principal linha de investigação: ação de bandidos comuns ou violência policial?
O sumiço começou a ser investigado na segunda (24), três dias após a suposta festa, quando a polícia foi avisada por familiares sobre a localização do Santana 1987.
O carro estava abandonado em uma alça do Rodoanel, perto de Ribeirão Pires, mas sem sinais de violência.
De vestígio do grupo, havia apenas as fraldas utilizadas pelo mais jovem dos rapazes, Robson de Paula, 16. Ele passou a usar cadeira de rodas após ser baleado em ação da PM dois anos atrás.
Dos cinco ocupantes do veículo, ao menos dois tinham passagem pela polícia.
Só o motorista não participaria da suposta festa. O cozinheiro Jones Januário, 30, foi contratado pelos adolescentes para levá-los e buscá-los no dia seguinte, já que nenhum deles tinha carro.
"Vou ali e já volto", disse Januário, segundo contou aos policiais Elien Souza, 33, que já foi companheira dele.
Policiais apostam no rastreamento dos celulares para achar pistas. Mas uma das mensagens só trouxe dúvidas.
Em áudio enviado pelos jovens à 0h30 do sábado (22), eles diziam que o carro havia quebrado em Ribeirão Pires e que, por isso, precisavam de ajuda para sair de lá.
Os policiais não sabem se essa versão era apenas um engodo do grupo para atrair outro colega para a festa –já que o Santana foi encontrado sem defeitos mecânicos.
E, também, se a mensagem foi enviada antes ou depois da suposta abordagem policial relatada no outro áudio –cuja versão original foi apagada, restando só a que foi compartilhada por amigos.
Os investigadores cogitam o envolvimento de PMs na ação devido a rumores de que um dos jovens poderia ter participado da morte de um policial –fato não comprovado.
"Nossa expectativa é de que não tenha sido o desaparecimento de cinco Amarildos", disse o ouvidor da polícia, Júlio César Fernandes Neves, em referência ao desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza em 2013, no Rio, após operação policial.
O secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, disse que, além da Polícia Civil, a Corregedoria da PM acompanha o caso.
Mas, diz ele, há possibilidade de a gravação ter ocorrido dias antes. "Não há nenhum indício concreto da participação de policiais, sejam civis ou militares, no desaparecimento desses rapazes."

Marlene Bergamo/Folhapress
Carro de jovens desaparecidos foi encontrado perto de Ribeirão Pires
Carro de jovens desaparecidos foi encontrado perto de Ribeirão Pires
BUSCA SEM DIREÇÃO
Era manhã do feriado de Finados, mas o bairro de Rodolfo Pirani (zona leste de São Paulo) estava agitado como num dia normal: havia fila para pegar o carrinho no supermercado lotado, carros de polícia passavam correndo pelas ruas estreitas e moradores se reuniam em um campo para mais uma busca.
Essa tem sido uma cena diária no bairro, há duas semanas: pais, parentes, vizinhos e amigos tentam encontrar os cinco jovens desaparecidos desde o último dia 21. Entram em terrenos baldios, na mata e em ruas por onde eles poderiam ter passado.
Na quarta-feira (2), cavalos foram emprestados para a ação. Por volta das 7h, as donas de casa Adriana Moreira, 44, e Elzamira de Paula, 34, saíram em direção a uma área de mata, perto dali. Elas são mães de Jonathan Moreira, 18, e Robson de Paula, 16, respectivamente. Subiram nos cavalos e saíram.
"A gente procura sem parar. Onde tem um boato, vamos atrás", diz Adriana. Elas já fizeram uma vaquinha para pagar a gasolina de 20 carros. Rodaram por cidades próximas, como Mauá, Santo André e Ribeirão Pires, no ABC. Nunca encontraram nenhum vestígio dos jovens.
Elas vivem entre a esperança quando uma nova busca se inicia e o desespero por, ao final, não terem achado nada. "Tenho esperança, sim. Acredito que eles possam estar vivos", diz Elzamira, antes de uma nova empreitada.
Robson, seu filho, é cadeirante. "Um rapaz muito esperto", afirma uma tia. No dia do desaparecimento, ele queria curtir uma festa com três amigos de infância.
Há dois anos, o adolescente estava em um carro com um amigo. O veículo era roubado, mas a família diz que o jovem não participou nem sabia do assalto. Ele nunca foi investigado nesse caso.
Policiais da Rota, tropa de elite da PM, perseguiram os jovens. O amigo de Robson foi morto a tiros. Desarmado, ele tentou fugir correndo, mas levou um tiro nas costas e ficou paraplégico.
Depois do sumiço, há duas semanas, um aplicativo instalado no celular de Robson indicou que o aparelho estava em uma rua de Atibaia.
A família foi até lá, mas não encontrou nada.




'TRUCULÊNCIA'
Rodolfo Pirani é um bairro pobre no extremo leste da capital, bem na divisa de São Paulo com Mauá e Santo André. Segundo moradores, a região sofre com a violência. Em setembro, um guarda-civil foi morto em um assalto.
Há um mês, alunos de escolas e oficinas culturais da região reclamaram de truculência e abusos "praticados pela PM em abordagens". Um relatório foi enviado por eles à secretaria municipal de Direitos Humanos, que agendou uma audiência pública para tratar do tema.
Após o desaparecimento dos cinco jovens, moradores fecharam uma avenida em protesto contra o que chamam de "lentidão" da polícia em esclarecer o caso. A PM dispersou a manifestação com spray de pimenta e
golpes de cassetete.
A Secretaria da Segurança Pública, do governo Geraldo Alckmin (PSDB), afirma que, em caso de abusos, a Corregedoria da Polícia Militar deve ser comunicada.
Já num posto de saúde do bairro, a reclamação de servidores da Prefeitura de São Paulo era outra: eles são vítimas de constantes assaltos.
"A gente deixa tudo trancado, até a ambulância, porque senão os bandidos entram e levam tudo", disse um servidor, que preferiu não se identificar, por medo.
FILHO DE POBRE
Depois da busca com os cavalos em um matagal, as donas de casa Adriana e Elzamira voltaram chorando. Mais uma vez, não encontraram pista dos filhos.
"Às vezes penso que ele está morto, às vezes que está vivo. É uma incerteza. Isso está acabando com a gente. Os dias vão passando, e você não sabe de nada", diz Adriana.
"Se fossem cinco filhos de ricos, filhos de deputados, a cidade estava parada. Tinha helicóptero procurando. Mas eles são pobres, da periferia e com passagem. Quem é que liga?", pergunta a dona de casa, indignada.