quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Veado manso

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Huxley




“- Você acha que Gandhi se interessava pela arte? – perguntei.
-          Gandhi? Não, claro que não.
-          Creio que tem razão – concordei. – Nem pela arte, nem pela ciência. E foi por isso que nós o matamos.
-          Nós?
-          Sim, nós. Os Inteligentes, os ativos, os previdentes, os devotos da Ordem e da Perfeição. Enquanto que Gandhi era um reacionário que acreditava apenas nos homens. Sujeitinhos esquálidos governando-se por si, aldeia por aldeia, e adorando Brama que é também Atmã. Era intolerável. Não é para admirar que tenhamos dado cabo dele.”
Pgs 5 – 6.


“ E o medo, meus bons amigos, o medo é a própria base e fundamento da vida moderna. Medo da tão apregoada tecnologia que, enquanto eleva o nosso padrão de vida, aumenta a probabilidade de nossa morte violenta. Medo da ciência que arrebata com uma das mãos ainda mais do que prodigamente distribui com a outra. Medo das instituições manifestadamente fatais pelas quais, em nossa lealdade suicida, estamos prontos a matar ou morrer. Medo dos Grandes Homens que elevamos, por aclamação popular, a um poder que eles usam, inevitavelmente, para nos massacrar e escravizar. Medo da guerra que nós não queremos e todavia tudo fazemos para desencadear.”
Pg 35.


“Tragédia é a farsa que envolve as nossas simpatias, farsa, a tragédia que sucede aos que nos são estranhos.”
       Pg 41.


HUXLEY, Aldous. O Macaco e a Essência. 4º edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971.

as coisas loucas que fazemos todo dia



“Por várias vezes, eu disse que não existe saída para o atual impasse. Se estivéssemos realmente acordados, ficaríamos chocados com os horrores que nos cercam... Largaríamos nossas ferramentas, abandonaríamos nossos empregos, negaríamos nossas obrigações, não pagaríamos nossos impostos, não obedeceríamos às leis e assim por diante. Será que alguém que ficar totalmente acordado poderá continuar a fazer as coisas loucas que se espera hoje que ele faça em cada momento do dia?"

Henry Miller, em The World of Sex; citado por Hunter S. Thompson, em Hells Angel's, Medo e Delírio sobre duas rodas.

Excertos do livro "AH! EU NÃO ACREDITO!", de Sérgio Almeida - leitura sugerida para os funcionários do Banco onde trabalhei



“ACREDITE QUE O ÚNICO OBJETIVO DA VIDA É GANHAR CADA VEZ MAIS.”

“PORTANTO, MESMO QUE SEJA DE FORMA ‘HIPÓCRITA’, ‘INTERESSEIRA’, AINDA ASSIM, TENHA UMA ESTRATÉGIA/ATITUDES PARA RELACIONAR-SE DE FORMA EXTRAORDINÁRIA COM O CLIENTE.”

“SERVINDO BEM, CRIAMOS, DE FORMA NATURAL, A OBRIGAÇÃO DOS OUTROS RETRIBUÍREM, SEJA EM FORMA DE ELOGIO, RECOMENDAÇÃO, RECONHECIMENTO, ETC.”

“SE VOCÊ NÃO É NOTADO, VOCÊ NÃO TEM NADA.”

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Um feliz ano novo!



- Não é mais como era antes. Ninguém mais tem dinheiro. É tudo na base de cheques de viagem, talão de cheques e cartões de crédito. Não há simplesmente mais ninguém andando por aí com dinheiro vivo no bolso. É tudo a crédito. O cara recebe o salário e o dinheiro voa. Hipotecam até a alma pra comprar casa própria. E depois enchem tudo aquilo com tudo quanto é bugiganga e compram carro. Se amarram em casa própria, quem faz as leis sabe muito bem disso e taca imposto em cima deles sobre bens imóveis, até a morte. Ninguém mais tem dinheiro. E negócio que não for grande simplesmente não dura.

Henry Charles Bukowski Junior