quarta-feira, 31 de maio de 2017

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terça-feira, 30 de maio de 2017

A velhinha do alemão

A velhinha do alemão diz que concorda com a política do Trump, "América para os americanos", apesar de ter uma filha que vive nos EUA... A velhinha do alemão dirige uma BMW preta enorme, evitando com muita dificuldade transformar transeuntes em carne moída. A velhinha do alemão ficou consternada quando vazaram os áudios do encontro entre Wesley JBS e Temer. "Essa empresa tem conluio com o filho do Lula, foi uma armação pra pegar o Temer", garantiu.
Hoje a velhinha do alemão tratou da questão da cracolândia. Disse estar horrorizada com o "bando de drogados andando por toda parte". "Tem que internar à força", defendeu, "ou então matar".
A velhinha do alemão é uma velhinha que estaria bastante confortável na Alemanha de 1939. Iria dar todo seu apoio para a internação compulsória dos judeus e seria a favor da eliminação definitiva do problema com Zyklon-B. 
Está cheinho de velhinhas do alemão andando por aí...

"Se falar mais alguma coisa eu vou quebrar a sua cara!"

O futuro secretário de Cultura de São Paulo André Sturm fala sobre as mudanças na Virada Cultural (Foto: TV Globo/Reprodução) "O áudio captado pelo agente mostra que a reunião começou amistosa. Sturm dá uma explicação de aproximadamente 10 minutos e logo apresenta sua proposta de renovação. A sugestão do secretário, no entanto, não envolve mais aporte financeiro. A única contrapartida oferecida pela gestão Doria é regularizar a ocupação do prédio, que pertence à Prefeitura. O edifício estava abandonado havia anos e só virou Casa Cultural depois que o coletivo decidiu ocupar o local.
Sturm ressalta a dificuldade de levantar verba para a pasta da Cultura – compara a missão a um “pesadelo” - e até promete “lutar” por uma ajuda financeira no futuro, mas a proposta não agrada aos agentes culturais que o escutam. “Se amarrar ao poder público, prestar contas do que a gente está fazendo, sendo que o próprio poder público não está fazendo muita coisa. Na verdade, não está colocando nem o dinheiro, que é pouco, aí fica complicado”, afirma Gustavo.
Diante da negativa, o secretário adota uma estratégia diferente e ameaça acabar com a ocupação. “Se vocês não assinarem, nós vamos tirar vocês de lá. Você não é dono daquele lugar, é público”. A conversa vira, então, quase um bate-boca, mas é o secretário quem volta a se exceder. Ele chama o discurso dos agentes culturais de “babaca” e dispara: “Você é um chato, rapaz”.
Após o insulto, Gustavo diz que Sturm é “desequilibrado” e o secretário de Doria levanta a voz. “Desequilibrado é você. Se falar mais alguma coisa eu vou quebrar a sua cara!”, intimida. “Nossa, você está me ameaçando?”, responde o agente. “Isso mesmo. Vou quebrar a sua cara”, reforça Sturm. Gustavo desafia o secretário a cumprir a ameaça, mas ele recua: “Não vou sujar minha mão”.
A discussão segue por mais alguns instantes até que Sturm se vira para alguém de sua equipe e ordena: “Avisa para fechar o prédio. Lacrar. Acabou a molecagem. Vai arranjar outro lugar para fazer gracinha”. Gustavo ri, irônico, e Sturm volta a lhe dirigir a palavra: “Você invadiu um lugar e achou que é seu porque invadiu. Você é um invasor e será devidamente expulso. Devidamente expulso. Passar bem”, completou, encerrando a reunião.
O aúdio do encontro foi divulgado na página do Movimento Cultural Ermelino Matarazzo no Facebook. Procurado pelo G1, Gustavo disse que está conversando com advogados e que avalia se vai registrar um boletim de ocorrência contra o secretário Sturm.
A Secretaria da Cultura, por sua vez, não havia se posicionado sobre a gravação até a publicação desta reportagem. O prefeito João Doria (PSDB), em entrevista concedida na manhã desta terça-feira (30), limitou-se a dizer que o assunto era uma "bobagem".
O Movimento Cultural Ermelino Matarazzo transformou um antigo prédio da Prefeitura Regional de Ermelino em Casa Cultura em setembro de 2016. Desde então, o coletivo desenvolve uma série de atividades culturais no local, como saraus e oficinais de arte.
De acordo com Gustavo, a proposta de Sturm não traria benefícios, mas apenas burocracia ao projeto, já que os responsáveis passariam a ter de entregar relatórios mensais sobre o trabalho desenvolvido e tudo seguiria sendo feito de forma autônoma"

segunda-feira, 29 de maio de 2017

O consumo da memória forjada


“Produzido sem que haja a participação direta da população, suprimindo as formas de apropriação dos lugares, vivências e práticas culturais diversas, o patrimônio permanece destituído de historicidade, apresentando-se mais como um espetáculo para ser visto do que para ser vivido” Mana Marques Rosa, SISTEMA MUSEOLÓGICO: POR UMA ETNOGRAFIA DOS MUSEUS NA CIDADE DE GOIÁS (GO), p. 42.

sábado, 27 de maio de 2017

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Fountain

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Nada há de intrínseco num objeto que permita sua classificação imediata como uma coisa ou outra: é o indivíduo, ou a coletividade, quem determinam a situação da coisa; a coisa em si é vazia, e a mesma coisa pode ser receptáculo, sucessivamente, de valores antagônicos, ora de uso, ora como símbolo, ora como vazia de todo e, nesse caso, passível de descarte.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Krzysztof Pomian, "Coleção", 1984


“É a linguagem que engendra o invisível. Fá-lo porque permite aos indivíduos comunicarem reciprocamente os seus fantasmas, e transformar assim num fato social a íntima convicção de ter tido um contato com algo que jamais se encontraria no campo do visível. Além disso, o simples jogo com as palavras acaba às vezes por formar enunciados que, embora compreensíveis, designam todavia algo que nunca ninguém viu. Sobretudo, a linguagem permite falar dos mortos como se estivessem vivos, dos acontecimentos passados como se fossem presentes, do longínquo como se fosse próximo, e do escondido como se fosse manifesto. Não só permite, mas obriga, ou melhor, leva inevitavelmente a fazê-lo, de uma maneira absolutamente natural e espontânea. A necessidade de assegurar a comunicação linguística entre as gerações seguintes acaba por transmitir aos jovens o saber dos velhos, isto é, todo um conjunto de enunciados que falam daquilo que os jovens nunca viram e que talvez jamais verão. A linguagem engendra então o invisível, porque o seu próprio funcionamento, num mundo onde aparecem fantasmas, onde se morre e acontecem mudanças, impõe a convicção de que o que se vê é apenas uma parte do que existe. A oposição entre o invisível e o visível é antes de mais a que existe entre aquilo de que se fala e aquilo que se apercebe, entre o universo do discurso e o mundo da visão”. (p. 68)