quinta-feira, 23 de março de 2017

Eu estou aqui

“Passe pela ponte do rio grande aonde teus parentes virão te encontrar, viva bem com os outros que se encontram no grande campo e lhes diga: EU ESTOU AQUI”.

Versos Kaingang citados em ritos fúnebres, apud. "Entre batuques e fandangos: a apresentação de Lourença Juquiá e os conflitos na Vila de Guarapuava (1812 a 1856)",Marilda Alves de Campos, Rodrigo dos Santos.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Engrimanço

s.m. Confusão no falar. Extravagância de figuras oratórias. Artimanha.

terça-feira, 21 de março de 2017

Iaco

Entrevista com o grafiteiro Iaco

Publicado: 28/06/2011 por Camila Villa em Nada
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Foto: Renato Custódio, Centro - SP
Com uma máscara de coelho e muitas pichações espalhadas por São Paulo, Iaco Viana, nos fala um pouco de suas origens e inspirações.
Iaco tem 29 anos e é formado pela EPA-Artes Plásticas e Publicidade, cursou o superior em Artes Visuais na Faculdade Paulista de Artes, mas parou no ultimo semestre.
Qual a origem dos seus grafites?
A origem dos meus desenhos e escritas vem das situações cotidianas, tanto pela a dos espectadores quanto da minha própria vida. Comecei a desenhar muito cedo e aos poucos comecei ter curiosidades sobre Arte através de alguns livros; Quando comecei a ver graffites e pichações pela cidade, comecei a modificar um pouco meu pensamento sobre o que lia., como se tivesse aberto um leque de possibilidades maiores.
Quais foram/são as suas influências?
No começo me influenciava muito pelos desenhos que passavam na TV ex: (Pica Pau, LooneyTunes, Tom &Jerry, The Herculóides…)Depois com o passar do tempo me foquei mas em ler livros sobre história da arte gostava muito de Rembrandt, Monet, Renoir, Modigliani, Miró, Ottodix, Rodim…depois comecei a ver algumas escritas nas ruas (pichações e grafites) como Kop, Ritual, Thathá, SS, Camabada, Lixomania Vitché, Tinho, OsGemeos e me foquei mais nesse tipo de linguagem artística .
O estilo de música que você curte influência?
Acho que a música sempre fez parte da minha vida junto com arte. Sendo assim isso me influência muito na hora de ir pra rua pintar, apesar de não saber tocar nenhum instrumento, mas geralmente escuto muito Jazz, Blues, Rapunderground, HardCore e TripHop.
Geralmente escuto mais TripHop ou HardCore, depende muito de como acordo. Gosto bastante de Portishead, AgnostFront, Madball, Massive Attack, Tricky, WaxTailor…
Os grafites tem alguma ligação com o Hip-hop?
Sei da importância e da história do movimento Hip-Hop, mas não faço parte dessa cultura. Tenho outras idéias até meus desenhos também não lembram os de quando o graffite começou a surgir (1980) através dessa cultura, basicamente as coisas que faço não tem ligação nenhuma com o movimento Hip-Hop.
Você tem autorização para pintar?
Eu não costumo ter autorização pra pintar, porque geralmente faço em lugares públicos ou que não tem donos.
Qual o processo para conseguir a legalização?
Se o muro for de residência ocupada peço autorização, até mesmo porque meu nome é muito fácil de ser identificado, então seria complicado fazer em qualquer lugar.
Renato Custódio - Theatro Municipal - SP
O que você pensa em relação à ilegalidade?
Acho que a ilegalidade faz parte do graffite desde as origens, se toda vez que você for pintar na rua autorizado não vejo tanta motivação, acho que a pessoa acaba perdendo o entusiasmo.
Você considera a arte acadêmica uma arte também?
É relativo porque você está pagando, pode ser qualquer coisa (risos).
Por isso muitas faculdades de arte tem sua própria galeria, assim você não fica decepcionado em nunca ter exposto numa galeria já que pagou uma fortuna de mensalidade, acho justo.
Imagina estudar quatro anos na faculdade aí vem uma pessoa e diz que o que você faz não é arte? O que muda não é o conceito que a faculdade passa, mas sim o jeito que você trata a arte na sua vida. Vejo muitos artistas formados que quando vão optar por fazer graffite escolhem fazer desenhos ou uma arte mais conceitual, mas também vejo muitos grafiteiros que não são formados fazerem abstratos coloridos por comodismo (venda), mas não sabem desenhar e nem se querem estudar ou procurar saber sobre o que eles fazem.
O que você considera arte?
Hoje em dia é complicado definir o que é arte, pelo que vejo a pessoa está mais preocupado em chocar ou vender. Por exemplo, a Bienal, em termos artísticos a Bienal do Brasil é considerada umas piores que existem no mundo, a maioria das pessoas que expõe se preocupam mais em chocar e parecem que são sempre os mesmos artistas expostos. Um artista põe um urubu numa galeria, outra expõe um quadro de alguém apontando uma arma na cabeça de um presidente, parece que a obra tem de ser mais importante do que o artista. Quando acaba a exposição ninguém lembra o nome dos outros artistas que estavam expondo e nem de quem fez as tais obras (chocantes).
Tem um fato na arte que exemplifica muito bem isso “O Boi Abatido” Rembrandt 1655, você pode pintar um boi sem pele ou pode por o boi na galeria respingando sangue, prefiro a primeira opção.
Muitas vezes vou a alguma exposição em galerias de “Street art” e os preços das telas são mais surreais que as obras, parecem que o preço das telas virou uma pincelada as escuras ou uma orelha cortada.
Você escreve seu nome na cidade com uma letra tão simples para se destacar dos rabiscos que o resto da população não consegue entender?
Comecei a escrever pela cidade com esse tipo de letra realmente pra ter um destaque maior, porque não queria atingir o mesmo público da pichação ou do graffite, sempre que vou fazer algo novo procuro as opções mais diferenciadas, não quero ser só mais um número em meio a uma cidade como São Paulo.
No dia 19 de janeiro, saiu uma reportagem no R7 que falava sobre a retirada dos grafites do Minhocão, que causou agitação entre muitos grafiteiros, inclusive, a tinta usada pela prefeitura possui um acabamento envernizado, especifica para que novos grafites não sejam feitos, o que você pensa a respeito disso?
Já disse em algumas reportagens anteriores que trato a rua como uma escola. Creio que em uma sala de aula a lousa precisa ser apagada pra começar uma nova lição. O fato de ser no Minhocão é irrelevante porque por mim esse viaduto nem existiria mais!
Continuo afirmando que em um país com os problemas de saneamento público (esgoto a céu aberto, que ainda existem), falta de segurança e transporte público caótico que se paga R$3,00 pra andar igual bicho em um ônibus que as vezes tem até barata ou chove mais lá dentro dele que na rua. Acho que o prefeito Kassab deveria se preocupar em dar primeiro condições básica pra sociedade, depois ele cuidar da aparência.
Para ver mais algumas fotos de sesus grafites, acessem a nossa galeria!
comentários
  1. Anônimo disse:
    Sua arte é muito louca! Tu tem muito talento!
    Parabéns.
  2. Ivan disse:
    Esse idiota do iaco sujou boa parte da cidade. Mas, apesar de ser um criminoso, não acho que deve ir pra cadeia não. Deve ser condenado a limpar 10x a área que sujou com suas horríveis pixações. Arte é arte, lixo é lixo, assim como jogar lixo na rua emporcalhando a cidade não é arte, defecar na parede também não é arte.
  3. Anônimo disse:
    eai mano muito bacana seus trabalhos mano. faço parte da turma prts primatas ms moro no ipiranga qualquer dia marcamos um role abraço.
  4. Carlos disse:
    Arte? VSF!!
    Vá fazer arte na parede da sua casa!! Isso é crine.
  5. Eliana disse:
    muito bacana conhecer o artista por trás do desenho.
    gostaria de vê uma entrevista com o grafiteiro Stan Bellini do interior de Sp já vi essa cara pintando de perto é muito louco o cara manda muito.
    vl

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Heróstrato, ou fama a qualquer preço

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Heróstrato foi um incendiário grego, responsável pela destruição do templo de Artemis em Éfeso,[1] na atual Turquia, considerado uma das Sete Maravilhas da Antiguidade, na noite de 21 de julho do ano 356 a.C.[2][Nota 1] com objetivo de ser lembrado pela posteridade.[3]
O templo, construído em mármore, era considerado um dos mais belos do mundo à época dentre cerca de 30 santuários construídos pelos gregos para honrar a sua deusa da caça, da vida selvagem e do nascimento. Tinha 91 metros de comprimento por 45 metros de largura.[4]
De acordo com a história, o único desejo de Heróstrato era conseguir fama a qualquer preço. Disse Valério Máximo: "Descobriu-se que um homem havia planejado incendiar o templo de Ártemis em Éfeso, de maneira que pela destruição do mais belo dos monumentos, seu nome seria conhecido no mundo inteiro". Longe de tentar furtar-se à responsabilidade de seu ato enlouquecido, Heróstrato alegou com orgulho o seu feito, para imortalizar seu nome na história. Para que futuros aventureiros fossem desencorajados, as autoridades não apenas executaram Heróstrato como também condenaram-no a uma posteridade obscura, através da proibição da menção de seu nome pelas gerações futuras sob a ameaça da execução. Isso não impediu que Heróstrato conseguisse sua meta, no entanto, já que o historiador Teopompo registrou o evento e é o seu perpetrador na história.

sexta-feira, 17 de março de 2017