quarta-feira, 19 de novembro de 2014
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Dandy
A Dandy is a clothes-wearing Man, a Man whose trade, office and existence consists in the wearing of Clothes. Every faculty of his soul, spirit, purse, and person is heroically consecrated to this one object, the wearing of Clothes wisely and well: so that the others dress to live, he lives to dress ... And now, for all this perennial Martyrdom, and Poesy, and even Prophecy, what is it that the Dandy asks in return? Solely, we may say, that you would recognise his existence; would admit him to be a living object; or even failing this, a visual object, or thing that will reflect rays of light...
Thomas Carlyle, 1836
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Adoniran 2
Despejo na Favela
Quando o oficial de justiça chegou
La na favela
E contra seu desejo entregou pra seu narciso um aviso pra uma ordem de despejo
Assinada seu doutor , assim dizia a petição dentro de dez dias quero a favela vazia e os
barracos todos no chão
É uma ordem superior,
Ôôôôôôôô Ô meu senhor, é uma ordem superior { 2x
Não tem nada não seu doutor, não tem nada não
Amanhã mesmo vou deixar meu barracão
Não tem nada não seu doutor vou sair daqui pra não ouvir o ronco do trator
Pra mim não tem problema em qualquer canto me arrumo de qualquer jeito me ajeito
Depois o que eu tenho é tão pouco minha mudança é tão pequena que cabe no bolso de trás
Mas essa gente ai hein como é que faz?
Adoniran
Saudosa Maloca
Se o senhor não tá lembrado
Dá licença de contá
Que aqui onde agora está
Esse edifício "arto"
Era uma casa véia
Um palacete assombradado
Foi aqui seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímos nossa maloca
Mas um dia, nóis nem pode se alembrá
Veio os homi c'as ferramentas
O dono mandô derrubá
Peguemos todas nossas coisas
E fumos pro meio da rua
Aprecia a demolição
Que tristeza que nóis sentia
Cada táuba que caía
Duía no coração
Mato Grosso quis gritá
Mas em cima eu falei:
Os homis tá cá razão
Nós arranja outro lugar
Só se conformemo quando o Joca falou:
"Deus dá o frio conforme o cobertor"
E hoje nóis pega a páia nas grama do jardim
E prá esquecê, nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida
Dim dim donde nóis passemos os dias feliz de nossas vidas
Saudosa maloca, maloca querida
Dim dim donde nóis passemo os dias feliz de nossas vidas
Dá licença de contá
Que aqui onde agora está
Esse edifício "arto"
Era uma casa véia
Um palacete assombradado
Foi aqui seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímos nossa maloca
Mas um dia, nóis nem pode se alembrá
Veio os homi c'as ferramentas
O dono mandô derrubá
Peguemos todas nossas coisas
E fumos pro meio da rua
Aprecia a demolição
Que tristeza que nóis sentia
Cada táuba que caía
Duía no coração
Mato Grosso quis gritá
Mas em cima eu falei:
Os homis tá cá razão
Nós arranja outro lugar
Só se conformemo quando o Joca falou:
"Deus dá o frio conforme o cobertor"
E hoje nóis pega a páia nas grama do jardim
E prá esquecê, nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida
Dim dim donde nóis passemos os dias feliz de nossas vidas
Saudosa maloca, maloca querida
Dim dim donde nóis passemo os dias feliz de nossas vidas